Geração Canguru
GERAÇÃO CANGURU: E a difícil decisão de quando pular fora da bolsa.
Há quem diga que o Homem é apenas um coadjuvante na família, outros que é dele
que vem o sustento, outros ainda dizem que ele é o administrador ou até o chefe do
lar.
Calma, não vou falar sobre quem manda ou não em casa... Não desta vez.
Bom, é certo que desde os primórdios o homem cresce e busca sustentar àqueles que
dependem dele ou que o rodeiam, mas já foi o tempo que o Pai mantinha a casa
sozinho.
Ora, hoje muitos pais vivem com ajuda da renda dos próprios filhos, mas isso não é
mera mesquinhez não, é pura estatística, estes filhos são conhecidos como parte da
“geração canguru”.
É comprovado que a maioria dos homens entre 25 e 34 anos preferem ficar na casa
dos pais até se estabilizarem financeiramente e postergam a própria paternidade para
permanecer no seio familiar por mais tempo. E digo homens porque 60% dos filhos
que preferem ficar sub o mesmo teto que passaram a infância são do sexo masculino.
É notável que as mulheres têm buscado cada vez mais independência, e isso também
ocorre na hora de fazer as malas e se desgarrar do primeiro lar. Seja para uma vida
com mais liberdade, para trabalhar, ou para formar uma nova família.
O que pode soar como o famoso “filho de papai” é na verdade o contrário, o patriarca,
muitas vezes já aposentado, passa a reconhecer o crescimento profissional do filho e
apoiá-lo a permanecer por mais tempo e fazer o tal “pé de meia”.
Está ai o ponto principal dos filhos escolherem ficar em casa:
Forjar um Lar custa caro, e se os pais podem ajudar, porque não permanecer por ali
na zona de conforto?
Não que seja algo ruim, basta parar para pensar em comprar, construir ou até alugar
uma residência hoje em dia, haja burocracia, e dinheiro é claro.
E os “Cangurus”, viajam, colecionam diplomas e roupas de grife, mas preferem
permanecer solteiros e sem a dor de cabeça de administrar uma casa sozinhos.
Pelo menos por enquanto, porque não estamos falando apenas de adultos morando
com os pais, mas do conforto e da comodidade de adquirir sua independência financeira
sem ter que correr riscos de investir às cegas, ou até mesmo de evitar desvincular-se
do Lar doce lar.